Posts Tagged ‘arraiolos’

Director do P P A R T

2010/05/07

António Adauta é um exemplo de persistência, minúcia e qualidade de trabalho. O empenho que coloca na pesquisa e levantamento de mosaicos romanos para os transpôr, com enorme mestria, para o bordado a ponto de Arraiolos, é de assinalar.

Dominando as técnicas de desenho e a arte de bordar, sendo rigoroso como um verdadeiro artesão deve ser no seu ofício, estando atento à necessidade de (bem) comunicar a sua obra, António Adauta tem uma marca muito própria e personalizada, o que faz com que o seu trabalho seja inconfundível no panorama actual do Artesanato Português.

Fernando Gaspar
Coordenador do PPART
www.ppart.gov.pt

Director do Museu Monográfico de Conímbriga

2010/03/17

Pelas mãos de António Adauta reúnem-se dois mundos diferentes, que antes estavam separados: o mundo romano, manifestado nessa obra intemporal que é o mosaico romano, fruto do labor de oficinas que são para nós hoje desconhecidas senão pelas suas realizações, e o mundo mais moderno do ponto de Arraiolos, fruto de um labor também ele paciente, que conhecemos mais sensitivamente do que através da análise artística.

Mas estes mundos estão, para muitos – e correctamente – associados mentalmente, como manifestações privilegiadas da sensibilidade artística dos habitantes do nosso território ao longo dos tempos (e como elas talvez só também os azulejos).

As mãos de António Adauta reúnem assim dois mundos que, ainda que diferentes, são para nós um só: por isso as suas obras nos surpreendem pela sua naturalidade, por serem quase que esperadas, ainda que nos surpreendam por inéditas.

Conímbriga, 6 de Março de 2010

Virgílio Hipólito Correia

www.conimbriga.pt/

Testemunho de um admirador

2010/03/17

Estado da Arte no Ponto de Arraiolos


Os quadros do António Adauta são o expoente máximo no que toca ao ponto de Arraiolos. A arte e a técnica aplicada na sua concepção, são do mais fino e sensível que podemos encontrar no nosso artesanato Português.

O conceito das geometrias aplicadas “Mosaicos de Conímbriga” é em grande parte a alavanca para os padrões tradicionais portugueses usados na nossa azulejaria. Posso afirmar como interessado em matérias da nossa azulejaria, que a complementaridade artística e a utilização dos dois meios é soberba.

Os Quadros a ponto de Arraiolos do António são de um trabalho inimaginável, só possível serem executados por um grande artista.

Obrigado António, por enriquecer a nossa tradição e por nos presentear com tão nobre e bela arte.

Luís Simão Leal

www.bicesse-tiles.com

Artigo de opinião

2010/03/17

O ARTESANATO NÃO É UM “ENTRETÉM”

Actualmente ainda existe a ideia estereotipada de que o Artesanato é “produção” de pecinhas baratuchas e popularuchas que os habitantes do interior rural manufacturam, para ocupar as longas noites de Inverno, depois de um dia passado na lavoura, uma vez que não têm mais nada com que se entreter. Tal dedução vem a propósito de comentários que costumo ouvir nos locais onde exponho os meus Quadros, como por exemplo:

– Então… é com isto que o senhor se entretém?

– Não. Artesanato não é um entretenimento. Pelo contrário, é um emprego como outro qualquer, que me ocupa oito e mais horas por dia, demorando três semanas a manufacturar o Quadro mais pequeno, enquanto que o maior demora três meses. Estes Quadros requereram um trabalho minucioso de pesquisa. Só para elaborar os riscos e manufacturar os protótipos demorei três anos.

O artesanato não é um entretenimento. É a produção de peças de arte de baixo número de exemplares e até peças únicas, todas elas assinadas, responsabilizando-nos assim pela sua qualidade. É a verdadeira venda-directa do produtor ao consumidor que realizamos, quer nas nossas oficinas, quer nas Feiras de Artesanato que fazemos por este País fora e às vezes, no estrangeiro.

O artesanato não é um entretenimento. É a manufactura de peças de arte por artífices segundo tradições que vêm da noite dos tempos. É a descoberta de Artes e Ofícios, com novos materiais, novas técnicas, outros design, que irão conquistar o seu espaço nos tempos futuros.

O artesanato não é um entretenimento. É o sábio aproveitamento dos recursos naturais utilizando matérias-primas que, às vezes, acompanhamos desde a sua sementeira. É uma paixão, uma filosofia de vida, é a feitura de peças de arte com as nossas mãos, com métodos amigos do ambiente.

O artesanato não é um entretenimento. É uma actividade económica realizada por nano e micro empresas, principais catalisadoras da economia Portuguesa e mesmo Europeia.

António Adauta

Visite o site de AntónioAdauta

Director do CEARTE

2010/03/12

O trabalho do António Adauta, de execução de quadros a ponto de Arraiolos, baseados numa interpretação dos mosaicos de Conímbriga merece registo, não só pela qualidade mas também por ter a particularidade de se tratar de uma intervenção sobre o legado de gerações, de dois dos mais relevantes símbolos das artes e ofícios portugueses (o ponto de Arraiolos e os mosaicos de Conímbriga) o que exige uma simbiose entre modernidade e tradição, criatividade e identidade.

A necessidade de divulgar bem este produto é um imperativo para produções cujo valor e mais-valia de mercado está potenciado pela história que contam, pela identidade que representam.

António Adauta é um autodidacta com experiência, curriculum e sobretudo persistência.

Luís Rocha

www.cearte.pt/

Diário “As Beiras” 10-5-2007

2010/03/12

http://www.asbeiras.pt

Apresentação

2010/03/12

António Adauta iniciou a actividade de artesão em 1990 quando – estudante em Coimbra – “redescobriu” os mosaicos de Conímbriga. Dado que já dominava a técnica do ponto de Arraiolos, lembrou-se de efectuar um novo produto: Quadros a ponto de Arraiolos.

Para tal, adaptou os desenhos de diversos mosaicos de Conímbriga para “riscos” passíveis de ser manufacturados a Ponto de Arraiolos, utilizando materiais inovadores adequados para o efeito. Durante cerca de três anos trabalhou na feitura do risco e manufactura de 16 protótipos.

Este trabalho foi considerado em 1992 – pelo Secretário de Estado da Cultura de então – de manifesto interesse cultural, sendo, por tal, mecenável.

A partir de 1993, frequentou inúmeras Feiras de Artesanato e realizou diversas Exposições, dando a conhecer – desde Vila Real a Almancil – não só uma utilização inovadora do ponto de Arraiolos, mas também os mosaicos de Conímbriga.

Em 1998, Centauro Marinho® foi galardoado com o troféu Anchor de Ouro e em 2005 ADN e depois em 2006 Centro Entrelaçado® foram distinguidos com Menção Honrosa em Concursos promovidos pelas Linhas Coats. Em 2006 Minotauro® foi considerado em ex-aequo, Prémio da Feira de Artesanato de Famalicão.

Actualmente, ainda existem em Conímbriga desenhos de mosaicos que pode manufacturar por encomenda e Peça única ou então “trabalhar” mosaicos existentes em outras estações do “Mundo Romano” quer em Portugal, quer no estrangeiro.

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